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Gestão estratégica: o segredo da agilidade na tomada de decisão pós COVID-19

O que podemos aprender hoje com um cenário de incerteza macroeconômica?

Uma lição que podemos tirar do efeito da COVID-19 na economia é que a forma de fazer negócios não deverá ser mais a mesma. Esta lição advém de algumas reflexões que podemos realizar sobre o impacto que a crise vêm proporcionando em pequenas, médias e grandes empresas:

  • Quantas empresas sofreram até o momento com a queda da demanda ou pela falta de insumos para seu processo de produção e distribuição? Diversos setores foram pegos de surpresa com as medidas de isolamento social e suas consequências econômicas.
  • Quantas empresas não estavam preparadas para adaptar sua operação ao home-office? Pense em termos de treinamento da liderança e colaboradores, processos, máquinas e equipamentos, infraestrutura de rede, sistemas e softwares. A pandemia demostrou que devemos evoluir rapidamente a capacidade tecnológica nas empresas brasileiras e que a produtividade do trabalho deve ser maximizada.
  • Quantas empresas não estavam preparadas para adaptar seu planejamento estratégico para lidar com situações de estresse financeiro consequentes da crise? Visualizamos muitos empresários com planos “estáticos” sendo arquivados, pois não havia previsibilidade de cenários futuros e a empresa deveria “reagir” aos eventos circunstanciais.

Vamos discutir este último tópico. Por exemplo, suponha que sua empresa possuía uma projeção de faturamento, custos e despesas para o ano de 2020 ou para os próximos 5 anos. O que você fez quando começou a sentir os impactos da COVID-19 na redução da demanda e comunicação com clientes?

Como você analisou o comportamento do seu mercado de atuação, concorrentes e fornecedores, para saber como eles estavam lidando com a crise? Para você, a crise soa apenas em um tom negativo ou como uma oportunidade para o crescimento do seu negócio?

Como a crise impactou o custo do capital e o valor de sua empresa?

O fato é que, na média, as crises são sempre ruins. Poucos setores são resilientes financeiramente ou ganham retornos de margem com as crises (vide o setor farmacêutico e o varejo alimentar, atualmente). Assim, devemos refletir e se posicionar, desde já, sobre qual é o futuro dos negócios que queremos para nossas organizações.

Um grande vilão que surge em períodos de crise é a ausência de liquidez financeira. Sem folga de caixa, ativos colaterais para garantia em empréstimos ou relacionamento com bancos, a empresa pode passar por uma situação de dificuldade financeira.

Por sua vez, o estado de dificuldade financeira eleva o nível de estresse dos empresários para pensar e tomar decisões. Uma dica é contratar especialistas para lhe auxiliar a desenvolver um bom plano de gestão financeira. Assim, durante a crise, você não ficará “apagando incêndio” todos os dias e se concentra no que é importante: gerar valor para o seu negócio.

O desenho da estrutura de capital para lidar em tempos de crise e a utilização de instrumentos financeiros alternativos devem entrar em pauta (como FIDC). Nesta situação, há escassez de crédito no mercado ou elevação da taxa de juros no país e spread nas intermediações financeiras.

O que o futuro nos reserva?

Eu vejo que os negócios do futuro deverão possuir um maior nível de agilidade na tomada de decisão estratégica. Deve haver resposta rápida na redução da lucratividade e das margens financeiras. Multicanalidade no relacionamento com clientes. Capital tecnológico. Planos de contingência para lidar com problemas econômicos, ambientais e político-institucionais.

Reflita comigo: e se houver uma nova pandemia ou um novo isolamento social em nível mais crítico até o final de 2020? Uma crise energética ou hídrica? Um impeachment presidencial, fechamento de barreiras comerciais entre países, uma nova greve dos caminhoneiros, guerra por petróleo ou uma nova crise no sistema financeiro mundial? Como isso afetará meu negócio e como eu deveria estar me preparando desde já?

Não sabemos quando estes eventos vão ocorrer, mas sabemos que alguns deles vão ocorrer em algum momento. O que importa para nós, empresários, é a capacidade ágil de tomar decisões estratégicas e adaptar a estrutura corporativa para lidar com a crise.

O que importa é a nossa agilidade e habilidade estratégica de tomar decisão e gerir o negócio antes e durante a crise.

Ricardo Artur Spezia

Mas será que possuímos toda a competência necessária para superar uma crise? Certamente não. E não porque não somos capazes, mas porque não podemos mensurar as consequências econômicas da crise.

Pense, quantas equipes foram importantes nesse momento de incerteza da COVID-19 em sua empresa? Quem o ajudou a definir cenários, estratégias e tomar decisões assertivas? Selecione quem deverá estar ao seu lado daqui em diante para dar suporte na tomada de decisão e condução da operação do negócio.

A partir de hoje, devemos nos preocupar sobre como capacitar à equipe executiva das empresas para lidar com possíveis crises de forma ágil. E não existe manual acadêmico para isso.

Você possui um departamento de gestão estratégica especializado em momentos de crise?

O segredo para a compreender o cenário macroeconômico de forma veloz e possuir agilidade na tomada de decisões pós-COVID e outras crises que surgirem é possuir dados e especialistas à disposição para compreender os efeitos econômicos da crise sobre seu negócio.

Ferramentas de comunicação com stakeholders, tecnologia de produção, planejamento financeiro, capacitação e planejamento flexível também são importantes em contexto.

Daqui em diante, acreditamos que alguns tópicos que deverão entrar em pauta nas reuniões de diretoria executiva das organizações. Um destes é o papel do big data e do data analytics para fornecer informações em tempo real sobre mercado. Outros tópicos são metodologias flexíveis de planejamento estratégico e orçamentário, instrumentos financeiros, liderança remota e articulação institucional são temas relevantes.

Na Next, nós temos um Núcleo de Inteligência que é responsável por blindar os sócios em momentos de incerteza econômica. Esta estrutura tem por função assessorar a diretoria executiva, de forma que eles possam se concentrar na definição de estratégias para lidar com a crise.

Após mapear a situação da empresa, definir metas e estratégias em conjunto com a diretoria, o Núcleo coloca em prática um plano customizado. Em paralelo, promove-se o alinhamento da comunicação interna, desde o topo da cadeia até os demais níveis de subordinação.

Enquanto isso, os sócios tem a missão de identificar e mapear os novos próximos passos. Desse modo, auxiliamos o empreendedor a construir o avião em pleno voo! É uma forma de gerar segurança e inteligência na condução das operações em tempos de crise.

Seja um líder estratégico. Fique tranquilo, reúna pessoas e ferramentas necessárias para planejar o turnaround de sua empresa, tome decisões de forma ágil e siga em frente. Com certeza, iremos superar este momento e dar um próximo passo para a conquista em nossos negócios..

Conte com a Next em sua jornada!